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segunda-feira, 30 de julho de 2012
CONCURSO CUTURAL KAWASAKI TOURING
Quando perguntadas, as pessoas respondem que as duas cidades que ficam nos extremos do Brasil são Oiapoque, no norte, e Chuí, no Sul. Acontece que esta expressão, que se tornou muito popular, está errada. A cidade mais ao norte do Brasil fica em Roraima e se chama Uiramutã. Não conheço nenhum relato de motociclista que tenha feito o trajeto entre essas duas cidades em uma só viagem. Conheço boa parte do Brasil e já percorri estradas de outros 13 países de moto e a viagem dos meus sonhos é aproveitar as minhas próximas férias e fazer uma viagem entre essas duas cidades, pilotando uma versys. No roteiro, lindas paisagens, diversidade cultural, econômica, social, ambiental e climática e a oportunidade de conhecer mais um pouco do nosso país. Além de tudo isto, muita estrada para percorrer e muitos desafios que só uma moto como a Versys pode vencer.
Por causa das chuvas na região norte, escolheria viajar entre julho e setembro. Saindo de Belo Horizonte, onde moro, no primeiro dia de viagem chegaria a Apiaí, SP para percorrer no segundo dia o “Rastro da Serpente”, seguindo para Bom Jardim da Serra, SC onde pernoitaria. O terceiro dia seria utilizado para conhecer a Serra do Rio do Rastro e as belas Serras Catarinenses, pernoitando em alguma cidade da região. No quarto dia tentaria ultrapassar Porto Alegre, chegando a Chuí no quinto dia, alcançando assim o primeiro objetivo da viagem.
Sem descanso, o sexto dia seria o início da viagem em direção Norte, pernoitando em Santa Maria, RS. No sétimo dia viajaria até Foz do Iguaçu para visitar as cataratas e descansar no oitavo dia. A partir daí a viagem seria utilizada para ganhar distância, percorrendo 700 km/dia para chegar a Porto Velho no 12º dia e Humaitá no 13º. Começa aqui a fase mais difícil da viagem, quando piloto e moto seriam exigidos ao extremo: a BR-319, conhecida como “Estrada Fantasma”. Os 690km desta estrada, que na verdade é uma trilha tomada pela floresta, sem qualquer apoio em todo o seu percurso, rios para atravessar com pontes destruídas, mata fechada, nenhum posto de gasolina ou outro veículo com o qual cruzar, seriam vencidos em três dias. Chegaria a Manaus no 16º dia, onde descansaria por um dia. Estaria em Boa vista no 18º e alcançaria o segundo grande objetivo da viagem, Uiramutã, depois de dezenove dias na estrada.
Vencido o desafio, haveria muita comemoração, mas sem descanso. No dia seguinte iniciaria a viagem de retorno para casa. Para não repetir o roteiro da ida, faria outro percurso a partir de Manaus, pegando um navio para chegar a Belém após navegar quatro dias pelo maior rio do mundo, o Amazonas, estudando a diversidade da floresta nas suas margens e das pessoas no navio. A partir daí, sempre em direção sul, pernoitaria em Imperatriz, MA, Miranorte, TO e Brasília, DF, chegando a Belo Horizonte 30 dias depois da data de partida, tendo percorrido com a Versys 12.200 km de estradas desse nosso país continente.
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