As fabricantes de motocicletas instaladas no Brasil fecharam o primeiro semestre de 2010 com aumento de 18,1% da produção, ao comparar o mesmo período do ano passado. Ao todo, saíram das fábricas 863.561 unidades até junho deste ano. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (7) pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo).
No comparativo entre o primeiro e o segundo trimestre deste ano, as fábricas produziram 15% a mais neste segundo período, sendo 402.083 unidades de janeiro a março e 461.478 de abril a junho. “Os fabricantes estão confiantes e investindo fortemente no setor. Esse primeiro semestre marcou recorde histórico de investimento do setor duas rodas”, afirma o presidente da Abraciclo, Jaime Teruo Matsui.
No comparativo com o mês de maio, o desempenho de junho caiu15%. Foram fabricadas 142.556 motocicletas em junho contra 167.850 unidades em maio.
Exportações
Mais afetadas pela crise de 2009, as exportações seguem em leve recuperação. O segundo trimestre registrou aumento de 7,3% nas comercializações para o mercado externo, em comparação com os primeiros três meses do ano: 16.272 unidades contra 15.158.
No comparativo entre os primeiros semestres de 2009 e 2010, alta de 10,1%, com 31.430 motocicletas exportadas de janeiro a junho deste ano, ante 28.539 do ano anterior. Na evolução mês a mês, junho registrou 5953 vendas, 18,8% a mais do que o apontado em maio.
Mercado brasileiro
As vendas no atacado (das fabricantes para as concessionárias) indicam aumento de 13% nas vendas no segundo trimestre de 2010, em comparação com os três primeiros meses do ano. Os dados da Abraciclo mostram que, de janeiro a março, o setor faturou para o mercado interno 410.095 unidades, contra 462.729 no período de abril a junho.
No acumulado do ano, 2010 teve 11% a mais de vendas no atacado do que em 2009. Ao todo foram comercializadas 872.824 unidades, contra 788.626 no ano anterior. Apesar dos números gerais positivos, o mês de junho apresentou vendas 16% menores do que as registradas em maio, e apenas 1% acima dos dados do mesmo mês de 2009.
“O setor vem se recuperando das quedas sofridas no ano passado, mas é uma evolução gradativa. Ainda sentimos muitos reflexos causados pela rigidez e dificuldade na liberação de financiamentos, que permanecem, mas acreditamos que o reaquecimento do mercado será constante e que teremos um segundo semestre promissor”, avalia Matsui.
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