quinta-feira, 1 de julho de 2010

Cronica de Aldo Bega

Amortocicleta!

Quando vi a primeira vez uma moto,
Foi como ver o mar pela primeira vez.

Não compreendi como era possível duas
rodas se manterem de pé. E me fascinou.

Jurei que um dia experimentaria aquela
“fera”, que tinha uma aparência de “bela”.

Foi ainda nos primeiros anos da adolescência
que cumpri minha auto promessa.

Foi como chegar pela primeira vez próximo
da garota que eu me apaixonara!

O coração batia forte, suava nas mãos.
Só ficar perto já era bom. Encostar a perna
na “dela”, que gostoso!

Montar foi uma conquista, como dar um beijo na
primeira namorada.

Dar a primeira volta, depois de toscas explicações,
com muito mais vontade de ir, que medo de cair,
um êxtase! Melhor que em geral, só você e a outra pessoa
podem ver, na moto o bairro
todo me via!!! E eu via a todos! Havia domado!

De la pra cá nunca me livrei do vício. Motociclista
é como ator , ou escritor, ou mesmo qualquer
outro artista: não escolhemos elas, elas que nos escolhem!

Não há como descrever a sensação de andar de moto,
na estrada, no transito, nas montanhas, e até no estacio-
namento do shopping! Tudo fica melhor numa moto.

Essa paixão que nos leva a correr riscos, não só de tombos,
de morrer ou ficar aleijado. Mas de perder namoradas, es-
posas, amigos e até empregos.

Mas seguimos nosso sonho, pelo menos os que realmente
aceitam que são amantes das duas rodas, e assumem!

E podem crer, não existem pessoas mais felizes em todo o
planeta, dos que os motoqueiros, motociclistas e afins.

Da próxima vez que você ver um motociclista, lembre
disso: Somos apaixonados por elas, e elas por nos!
Existe coisa melhor do que amor correspondido?

Dinho, 07/01/2010

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